Parque

o Côa

O Côa

Parque

O Parque Arqueológico do Vale do Côa situa-se na zona mais a Norte do distrito da Guarda, na região conhecida por Alto Douro. No troço final do rio Côa localizam-se mais de 80 sítios com arte rupestre e cerca de 1200 rochas gravadas, num território de cerca 200 kms2 abrangendo áreas dos concelhos de Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel e Mêda.

Este extraordinário conjunto rupestre distribui-se ao longo de dois eixos fluviais principais: o rio Côa, numa extensão de cerca de 30 kms, e também o rio Douro, ao longo de cerca 15 kms, para ambos os lados após a embocadura do Côa. Em consequência do reconhecimento do interesse patrimonial e cultural deste conjunto de achados, foi criado, em 10 de Agosto de 1996, o Parque Arqueológico do Vale do Côa com a missão de gerir, proteger, investigar e mostrar ao público a arte rupestre.

O Vale do rio Côa constitui um local único no mundo por apresentar manifestações artísticas de diversos momentos da Pré-História, Proto-história e da História, nomeadamente o mais importante conjunto de figurações paleolíticas de ar livre até hoje conhecido.

Até à sua identificação em meados da última década do século XX, suponha-se que a mais antiga expressão artística da Humanidade estava circunscrita ao mundo subterrâneo das grutas. Coloca-se agora a hipótese de a arte de ar livre ter sido mais comum. Mas os diversos agentes erosivos e a própria atividade humana ao longo dos milénios, terão impedido que muita dela chegasse ao presente. Dai a importância do Vale do Côa, com os seus sítios arqueológicos bem preservados.

A grande maioria dos motivos rupestres, de todas cronologias, localiza-se em rochas de xisto, aproveitando a forma como a evolução geológica do Baixo Côa expôs, como resultado de processos de encaixe fluvial e de fracturação tectónica, painéis verticais lisos próprios para a gravação. No entanto, no Núcleo de Arte Rupestre da Faia (Cidadelhe, Pinhel), que se localiza na área mais a sul do Parque Arqueológico do Vale do Côa, podemos ainda hoje encontrar também gravuras e pinturas sobre granito.

Estas últimas sobreviveram até ao presente nos abrigos que o substrato rochoso granítico por vezes forma, ao contrário do que acontece com o xisto. Se bem que não haja arte em gruta no Vale do Côa, já que estes episódios geológicos não se formam em terrenos com as características rochosas acima indicadas, a existência destes abrigos graníticos permitiu a sobrevivência de motivos pintados, alguns de tempos paleolíticos. Assim, é correto afirmar-se que no Vale do Côa existem, em muito maior quantidade, gravuras rupestres, e, em menor número, pinturas rupestres.

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