Canada do Inferno
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VISITA GUIADA AO PARQUE
Canada do Inferno
A Canada do Inferno situa-se na margem esquerda do Côa, em terrenos do concelho e freguesia de Vila Nova de Foz Côa. A visita inicia-se no Museu do Côa. Parte-se numa viatura todo-o-terreno, com um guia, por uma estrada alcatroada, num percurso com cerca de 7 kms, até junto das obras da abandonada barragem do Baixo Côa. A partir daqui prossegue-se mais 3 kms por calçada à portuguesa, através destas mesmas obras que fazem parte da história da descoberta da arte do Côa. O percurso final a pé é de cerca de 400 metros até ao local de implantação das primeiras gravuras visitadas, por trilho estreito mas arranjado.
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Preço
16, 70 € por pessoa
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Percurso pedestre total
Cerca de 800 metros.
Grau de dificuldade: média -
Percurso
O percurso escolhido para visitação pública inclui 5 rochas gravadas
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Duração da visita
1h30 a 2h
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Local de partida
Museu do Côa, nos arredores de Vila Nova de Foz Côa. O museu fica a cerca de 3 kms do centro de Vila Nova de Foz Côa, sendo acessível por estrada devidamente sinalizada. (GPS: N 41º 04’ 47.5’’ ; W 7º 06’ 44.4’’)
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Realização
De manhã, todos os dias excepto dias de encerramento
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Mais Informações
Através dos números +351 279 768 260 / +351 965 778 799 ou email visitas@arte-coa.pt
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Como fazer uma reserva
Atendendo ao número limite de pessoas por dia/sitio e de forma a garantir uma visita ao Vale do Côa, recomendamos uma reserva prévia, através dos seguintes números +351 279 768 260 (opção 1) / +351 965 778 799 ou email visitas@arte-coa.pt
O pedido de reserva, deve mencionar a data pretendida para a visita, o local, o número de pessoas e um contato telefónico.
O sítio localiza-se na margem esquerda do troço final do rio Côa, junto a uma antiga praia fluvial, hoje coberta pela albufeira do Pocinho, que cobre também grande parte das 46 rochas gravadas que aqui são conhecidas, das quais 39 apresentam figurações paleolíticas. O percurso escolhido para visitação pública, condicionado a aspectos de acessibilidades das rochas e perceptibilidade das suas gravuras, inclui seis rochas, todas excepto uma com gravuras paleolíticas.
Este foi o primeiro sítio de arte rupestre identificado, logo em finais de 1991, com a descoberta da rocha 1. Seria publicamente divulgado em Novembro de 1994. Em termos cronológicos estão aqui representadas todas as fases da arte paleolítica do Côa e períodos posteriores, excepto a Idade do Ferro.
Salienta-se a rocha 1 pelo seu simbolismo histórico, mas também pelo conjunto de representações que na sua maioria se sobrepõem. Os motivos mais perceptíveis foram feitos por picotagem, complementada com a abrasão. De notar uma figura de cavalo que apresenta duas cabeças, documentando assim a invenção da animação gráfica.
Destacamos ainda na rocha 14, entre diversas figuras, uma belíssima cabra representada a traço filiforme múltiplo, que deu origem ao actual logótipo do Parque Arqueológico, Museu do Côa e da Fundação.
A tradição de gravura neste sítio continuou durante o Neolítico e só terminou na segunda metade do século XX com as gravuras picotadas pelos últimos moleiros do Côa. Entre eles, salientam-se Alcino Tomé e António Seixas, que trabalharam na Canada do Inferno nos anos 40 e 50 do século XX, e cujas gravuras se encontram maioritariamente submersas. A rocha 7, que se encontra logo subjacente à rocha 1, apresenta algumas gravuras picotadas de Época Moderna, facilmente visíveis. Aliás, o caminho feito pelos visitantes é o antigo caminho dos moleiros da Canada do Inferno, e na visita é possível observar diversos exemplos da arquitectura tradicional da região.