10 BIENAL INTERNACIONAL DE GRAVURA DO DOURO 2020

10 BIENAL INTERNACIONAL DE GRAVURA DO DOURO 2020

Alicerçada na mais antiga região vinícola demarcada do mundo – o Douro, região laureada por dois patrimónios da humanidade atribuídos pela UNESCO e mundialmente reconhecidos quer pela sua paisagem vinhateira, quer pelo seu património arqueológico do vale do Côa (o maior santuário de gravuras paleolíticas do mundo), o Douro é palco também na contemporaneidade um dos maiores eventos de arte gráfica do mundo, reunindo dentro de si, uma força e dimensão que ultrapassa as fronteiras do país e se projeta para horizontes infinitos.

Perseguindo este propósito e ambição alcançada, a Bienal do Douro tem vencido os desafios da interioridade, da crise económica, da crise cultural, da própria crise da gravura e tem sabido manter vivos os pressupostos da arte e a autonomia da gravura no contexto da arte contemporânea. Para tal, muito têm contribuído os tributos da gravura tradicional e as suas alquimias seculares, mas não menos importantes, das renovadas tendência da gravura digital e dos novos media ao seu dispor, no sentido de lhe conferir a autonomia que ela necessita para subsistir. O campo aberto às novas linguagens híbridas e técnicas não tóxicas, têm projectado o seu impacto de uma maneira inovadora e com a vitalidade há muito desejada nos seus domínios.

Assumindo a responsabilidade de ser a única Bienal de obra gráfica do Pais, a sua evolução desde a sua origem em 2001, colocam-na hoje num patamar inimaginável a par das mais importantes Bienais do mundo. A comprovar tal fasquia salientam-se as exposições de homenagem a artistas mundialmente reconhecidos como Antoni Tàpies, Paulo Rego, Vieira da Silva, Octave Landuyt, Gil Teixeira Lopes, Nadir Afonso, David de Almeida, Bartolomeu dos Santos, Júlio Pomar, José de Guimarães e nesta edição, Silvestre Pestana. Também projetada pela presença de artistas de renome de mais de 100 países de todos os continentes.

 

O Curador, Nuno Canelas