A Região
O Côa
O Côa
A Região
Nas montanhas do nordeste de Portugal, região de extensos olivais, onde no início da primavera (Fevereiro e Março) florescem amendoeiras e no outono (Setembro e Outubro) as vinhas se cobrem de folhas cor de fogo, corre para o rio Douro um afluente cujo nome se tornou universal. Milénio após milénio, as rochas de xisto que delimitam o leito do Côa foram-se convertendo em painéis de arte, com milhares de gravuras legadas pelo impulso criador dos nossos antepassados.
Remontando ao Paleolítico Superior, estes painéis ao ar livre e os habitat identificados são testemunhos da vitalidade e mestria que trouxeram até nós 25.000 anos de arte. Esta extensa galeria de arte oferece-nos também registos do período Neolítico e da Idade do Ferro, transpondo depois de um só fôlego dois mil anos de História para firmar na Época Moderna representações religiosas, nomes e datas, para além da arte ingénua dos moleiros nos anos quarenta e cinquenta do século passado.
Para além de ser Património da Humanidade como extensão do Vale do Côa, Siega Verde (comarca de Ciudad Rodrigo, Espanha) possui mais de 90 rochas gravadas com motivos de arte rupestre do Paleolítico. Os dois sítios colaboram estreitamente em vários domínios, como sejam na investigação e na divulgação. Em Siega Verde são igualmente organizadas visitas guiadas ao público em geral, a partir de um centro de interpretação.
Embora o Côa contenha a maior concentração de arte rupestre ao ar livre de época paleolítica conhecida no mundo, outros sítios com rochas gravadas do mesmo período existem nas redondezas embora com menor dimensão como sucede nos vales dos Rios Águeda, Sabor e Tua.
Na região podem ainda ser visitadas quintas produtoras dos vinhos do Douro e Porto. Em pleno Parque Arqueológico, a Quinta da Ervamoira recebe visitantes e integra Museu de Sítio, que retrata a região, aspectos ambientais e ocupação humana, com particular destaque para a produção do vinho, uma das riquezas desta região de Portugal.