Em Maio de 1995, durante o período atribulado da luta pela preservação das gravuras rupestres do vale do rio Côa, muitas foram as iniciativas que surgiram, muitas foram as vozes que se ouviram, personalidades públicas – políticas e artísticas, que se uniram a essa causa. A editora Assírio & Alvim, pelas suas características únicas, foi, à época, um desses pólos agregador de ideias, debates e iniciativas.
E é justamente aí, no seu espaço/ livraria da rua Passos Manuel, em Lisboa, que surge o desafio desta exposição, “Tributo às Gravuras do Vale do rio Côa”. O inacreditável grupo de artistas plásticos que se juntaram e aderiram imediatamente à ideia, e a sua generosidade – as obras foram oferecidas para venda e com a sua venda, desenvolver novas iniciativas – demonstra bem o grau de envolvimento na luta pela defesa das gravuras.
A iniciativa, que teve o nome de Artistas por Foz Côa, juntou Mário Cesariny, Lourdes Castro, Ilda David, Julião Sarmento, Rui Chafes, Pedro Proença, Graça Morais, José Pedro Croft, Pedro Cabrita Reis, Fernando Calhau, Alberto Carneiro, Gerardo Burmester, Albuquerque Mendes, Rui Sanches, Pedro Calapez, Mike Biberstein, Manuel Zimbro, Ângelo de Sousa e a mestre tapecista Gisela Santi.
São estas obras e artistas, adquiridas naquela época por Emílio Mesquita, que poderemos ver, numa reedição dessa exposição, a partir de dia 14 de Março, quinta feira, pelas 18.00h, no Museu do Côa, num momento muito especial, em que se comemoram os 20 anos da descoberta das gravuras, as quais, felizmente, nunca chegaram a precisar de aprender a nadar.
Reportagem do Porto Canal sobre a exposição: