José Paulo Ruas
Esta foi a primeira exposição temporária no Museu do Côa, patente desde a inauguração a 31 de Julho de 2010 até Dezembro de 2011.
A região do Vale do Côa é internacionalmente reconhecida pela importância da sua Arte Rupestre, que em 1998 foi avaliada pela UNESCO como Património da Humanidade. Esta classificação distintiva esteve na origem da criação do Parque Arqueológico do Vale do Côa, para ser um elemento dinamizador de um plano de desenvolvimento integrado da região, combinando o património e a economia, o lazer e o conhecimento, a investigação e o turismo, multiplicando, por essa via, o emprego e renovando, em todos os aspectos, a vida dessa região.
Mais do que falar da Arte Rupestre como se a Arte fosse uma espécie de intangibilidade, o Museu do Côa é o lugar de partilha de conhecimento patrimonial e artístico necessário para colocar a região a sentir que faz parte de um Património que sendo da Humanidade é, em primeira instância, de quem vive na sua vizinhança.
Na arte do Paleolítico Superior surgem, por vezes associadas, técnicas como a gravura, o desenho, a escultura e a pintura. A arte figurativa dos gravadores e dos pintores revela, através do gesto e da inscrição, uma vontade humana intemporal de marcar o território, afirmando na arte das paredes, que expõe os ídolos e os estilos particulares, nos quais cada grupo se reconhece como sendo diferente dos outros.
A exposição de autores portugueses contemporâneos representados na colecção da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, realizada a convite da Direcção do IGESPAR, pretende contribuir para chamar a atenção de novos públicos para aspectos que se aproximam nas formas de expressão na Arte Contemporânea e na Arte Pré-histórica.