Jaime António
Alicerçada na mais antiga região vinícola demarcada do mundo – o Douro, região laureada por dois patrimónios da humanidade atribuídos pela UNESCO e mundialmente conhecidos quer pela sua paisagem vinhateira, quer pelo património arqueológico do Vale do Côa (o maior santuário de gravura paleolítica do mundo), o Douro é palco também na contemporaneidade de um dos maiores eventos de arte gráfica do mundo, reunindo assim dentro de si uma força e dimensão que ultrapassa as fronteiras do país e se projecta para horizontes infinitos.
Assumindo a responsabilidade de ser a única Bienal de obra gráfica do país, a sua evolução desde a sua origem em 2001 colocam-na hoje num patamar inimaginável a par das mais importantes Bienais do mundo. A comprovar, salientam-se as exposições de homenagem a artistas mundialmente reconhecidos como Antoni Tàpies, Paula Rego, Vieira da Silva, Octave Landuyt, Gil Teixeira Lopes, Nadir Afonso, David de Almeida, Bartolomeu dos Santos, entre outros, mas também pela abrangência internacional alcançada.
Desta vez, para a 7ª edição da Bienal de Gravura do Douro 2014, estarão presentes 1200 obras, de 530 artistas, de 71 países de todos os continentes. Além de várias exposições espalhadas pela vasta região do Douro, o evento irá ainda organizar workshops, conferências e promover vinhos. Alijó, Foz Côa, Lamego, Régua, Favaios, Salzedas, Ucanha, Sabrosa e Vila Real serão os palcos para eventos que decorrerão entre os dias 10 de Agosto a 31 de Outubro.
(Nuno Canelas – Director e Curador da Bienal)