A Fundação Côa Parque e os seus colaboradores estão de luto pela perda do seu Presidente, pela
perda de um líder sonhador, criativo, generoso e um amigo.
Em 2017, o Bruno Navarro aceitou o cargo de Presidente da Fundação Côa Parque e a difícil missão
de reintegrar as gravuras do Vale do Côa no clube restrito dos sítios de Arte Paleolítica da lista do
Património Mundial da UNESCO.
Apesar de estar fora da sua zona de conforto, geográfica e intelectualmente, em menos de 3 anos
conseguiu ser apreciado e chamado a integrar equipas internacionais responsáveis pela gestão e
divulgação dos sítios de Arte Paleolítica. Em julho de 2020, organizou o regresso de António
Guterres ao Vale do Côa e o seu reconhecido mérito na origem da história mais recente do Vale do
Côa. Foi ainda convidado a fazer parte integrante da equipa da Ciência Viva.
Em todo este percurso foi preciso limpar os trilhos que se tinham perdido e inventar novos caminhos
para o Projeto Côa, cujo sonho começou em 1995. As suas decisões devolveram o protagonismo que
esta Arte de milhares de anos tem, sendo um testemunho ímpar da nossa humanidade, mas que só
se pode plenamente revelar se integrado noutras potencialidade de desenvolvimento sustentável.
Com o seu espírito empreendedor, irrequieto e visionário, integrou assim diferentes disciplinas,
instituições e parceiros, em prol da Fundação e do desenvolvimento da Região do Côa. Hoje, a
Fundação Côa Parque é uma referência a nível nacional e internacional, sendo um claro motor
desta região.
Deixa-nos com uma carteira de projetos ambiciosos e transformadores para a Ciência, para a
Cultura e para o Turismo.
Deixa-nos demasiado cedo.
Honrar o seu legado caberá a todos e a cada um de nós.

O Conselho Diretivo da Fundação Côa Parque

Domingos Lopes
Lídia Monteiro
Sandra Naldinho

Responsável técnico-científico

Thierry Aubry